Os Beach Boys ousaram criar uma música que incluisse Deus no seu título. Estamos em 1966 (altura da guerra do Vietname, da nossa guerra colonial e da criação do Malawi) e estas almas, como se se tivessem inspirado no "Movimento Perpétuo Associativo" dos Deolinda, decidem cometer a loucura de colocar "Deus" numa música, ou pior: no título! Se a conhecemos hoje significa que havia mais criaturas para quem isso não era um problema. Mas parece que custou. Bravo feito que merece ser mencionado, 42 anos depois, na blogosfera.
Pessoalmente, não gostava nada daquele staccatto totalmente fora de sítio logo depois do primeiro refrão, antes do jogo de vozes. Tal como acontecia com o Yesterday dos Rockapella, já me habituei. Agora acho que ajuda a variar. Sugiro especial atenção aos guizos que lembram músicas natalícias! Acrescentam uma sensação de aconchego e promovem um todo de extrema satisfação.
---
Hoje é um daqueles dias. Queriam uma vida com banda sonora?! Se a vida tivesse uma banda sonora, hoje fechava os olhos e ficava a ouvi-la. Seria mais como uma banda sonora com vida a acompanhar lá no fundo. O que me dá alento é, na incapacidade de ver as coisas boas, pensar que as más podiam ser piores. Então sai uma para as doenças manhosas, para a falta de tempo, para o estudo em atraso, para o mau ambiente e, por fim, para a minha falta de compreensão para com qualquer ser humano. Isto porque todas podiam ser piores, "god only knows".