segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sina

Não percebo a malta do Brasil! Nunca há tristeza por aqueles lados. A sua música tem um toque de melancolia, de reflexão e até a pseudo-tristeza é demonstrada por ritmos mexidos.

Ouvi esta ontem pela segunda e terceira vezes. Da primeira fiquei um nadinha desiludido porque a Eloa a cantar isto é outra coisa... Da segunda derreti.

Deixo a original do Djavan. Não é a mesma coisa mas dá uma ideia...

Pai e mãe, ouro de mina
Coração, desejo e sina
Tudo mais, pura rotina, jazz
Tocarei seu nome prá poder falar de amor

Minha princesa, art-nouveau
Da natureza, tudo o mais
Pura beleza, jazz

A luz de um grande prazer é irremediável neon
Quando o grito do prazer açoitar o ar, reveillon

O luar, estrela do mar
O sol e o dom, quiçá, um dia a fúria
Desse front virá lapidar
O sonho até gerar o som
Como querer caetanear o que há de bom


O problema é que depois não sai da cabeça...

sábado, 12 de setembro de 2009

sem assunto mesmo.

Só agora que já estou instalado consigo ter os tampões nos ouvidos que me trazem as notas hipnóticas tão desejadas, no conforto e privacidade do meu cantinho.

Hoje tenho uma música! Seria a ideal para meter no pepitas: é aquela que me está na cabeça desde ontem e vai tocar em recantos onde muita música já não ía há algum tempo. O baixo consegue aglutinar os agudos da harmónica, os sons redondos do sax. e do piano e o estridente da guitarra e quase fazer esquecer os pratos discretos, lá no fundo. E aquela sexta da harmónica que me dá um esticão nas costas e uma massagem a seguir?! Ouço-a em loop no computador, no telemóvel ou no mp3 porque, como se não bastasse a espetacular simplicidade, a letra derrete o mais duro dos metais. Foi mais original que uma carta ou que uma fotografia.
Se já é geral o sentimento de inveja, segue-se a má notícia: não digo qual é a música. Esse é o meu canto, hoje e nos próximos tempos... Mas fica o caro leitor a saber que ainda há música assim, capaz de resolver o mais complexo dos problemas.

Deixo outra, gira, divertida, calma, mas de incomparável profundidade... nem história.