segunda-feira, 30 de março de 2009

Nó cego

"Os Golpes", entre outros, patrocinam mais um momento de dilema entre o sono e o estudo. Nó cego, dos Tetvocal , seria a primeira hipótese porque nunca escrevo sobre o primeiro plano do meu pensamento mas sempre, pelo menos, sobre o segundo. Acontece que às vezes o primeiro é só fachada para ver se engana o segundo ou o terceiro; por vezes até parece que consegue.

"A vida corre inteira pelas nossas mãos, a morte morre inteira pela força das nossas mãos."

Há um tipo de resposta que me deixa num de dois estados a que carinhosamente chamo "estado oso". O estado CURIoso e o estado FURIoso. A senhora dona resposta é o "coiso porque coiso". Por exemplo: "Sim... porque sim". Chamo-lhe tipo de resposta porque podia ser o "Não porque não" ou o "Não... pá... porque não" ou uma gama "deluxe" que inclui alguns espécimens como "Isso tem uma razão mas é muito comprida para ser explicada agora" e a mais conhecida "Óh, cala-te". Deixa-me curioso quando gostava de saber e não sei, quando acho que vale a pena saber. Claro está que, às vezes, nem me dou ao trabalho de tentar saber, nessas vezes acrescento um novo estado chamado "e a mim que me importa", mas esse já é de outra historinha. Quanto ao furioso, acontece quando não sei, gostava de saber, mais, acho que tenho direito a saber e era feliz se soubesse... e que ainda assim não sei! Não me apercebo de muitos nós cegos que se me dêem, daí não me achar facilmente atado cegamente. No entanto tem havido uma situação que me deixa sem manteiga planta para barrar o escorregadio caminho do raciocínio, uma que o pobre pensamento se queima de cada vez que raspa no seu percurso supostamente lubrificado. Nesta sinto uma novidade: em vez de seguir a norma e ficar furioso ou ficar triste pelo que se passa, de a pôr em primeiro plano e decidir o que fazer, limito-me a não esperar muito do futuro. Não deixa de ser triste o desperdício mas não consigo senti-lo agora. Por agora estou bem e gostava de me manter assim, aproveitando todos os bons momentos e guardando-os num local bem alcançável da minha memória. Se consigo pô-la em segundo plano? Se não o fizesse como podia escrever?!

Bem, passemos ao que interessa, e aquele jogo de vozes com bateria por trás, hum? Muito bom...

domingo, 15 de março de 2009

Cafés escondidos



"O nosso café é a nossa tribo", já lá cantava o Canto Nono. Esta versão dos Ting Tings, grande banda (uma vez mais) de Manchester, serviu de banda sonora para o último. A tremenda galhofa a respeito do assunto mais sério veio mesmo a calhar!

Aos bons momentos.

domingo, 8 de março de 2009

Canções simples

My Chemical Romance, os substitutos dos já fantásticos Blur na interpretação deste momento de pura liberdade para a alminha mais humilde ao qual pobremente apelidam de música. Outras propostas seríam "orgasmo sonoro", "devaneio na liberdade" ou "viagem aos confins do universo através das maravilhas da electrotecnía"! E porque é que se chama "song 2"? Ora, precisamente por ser difícil arranjar um nome

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Pensamento do fim-de-semana: a actividade e tudo o que ela proporciona deve-se somente a quem a realiza. É algo estupidamente lógico. Foi dela que me surgiu um certo desprendimento da euforia de algumas actividades porque, tentando sempre fazer melhor, confesso que metade do entusiasmo se tinha esvaído; mas confesso que a vida é mesmo cheia de surpresas e mesmo quando me dedicava à melhoria pela minha participação eis que volta o velho entusiasmo encarnando a mesma personagem! ...quem diria que acaba por ser bem melhor do que o que tinha imaginado!

"Esta é fixe!" - diz ela enquanto aumenta ligeiramente o volume do leitor de CD's no preciso momento em que me apercebi que não conheço os seus gostos musicais! Como é possível?! E não é que há mesmo tempo para descobrir?!
Não podia deixar de mencionar outros 2 momentos desta música: a chegada para um felizmente muito esporádico "passeio" no shopping enquanto as meninas tratam dos seus assuntos e o outro impensável num qualquer espaço remoto na cidade do Porto com todo o sentimento necessário para me encher as medidas.

Mais música brevemente...

terça-feira, 3 de março de 2009

Tube's de Escape

Quem não conhece o quarteto fantástico que serviu de ícone a uma mudança de mentalidades e de gerações. Originários de Liverpool, foram as suas viagens que fizeram da sua música o que ainda hoje é, mantendo a mesma intensidade aparentemente inalcançável. É dessas que falo hoje porque é do que me lembra a banda.

Ao ouvir a "Hey Jude", todos conhecerão concerteza nem que seja apenas aquela passagemzinha do lá lá lá. Eu também a conhecia por partes. Conhecia perfeitamente a música mas não sabia de onde nem a letra... É um mistério como me veio parar à cabeça a ponto de a saber cantarolar num largo junto ao bolhão de Londres, com fome mas maravihado com toda aquela abertura. Dei por mim completamente espantado com a liberdade que todos sentimos quando ouvimos alguém tocar uns acordes no meio da rua, a subita vontade de dançar ao frio e de nos deixarmos levar pelo momento, esquecendo tudo, do ontem ao amanhã, só para estar ali.
Foram dias muito cansativos mas resumem-se numa célebre frase: uma ma-ra-ilha faaaaantástica. Os concertos, as leoas, espanholas, sul-africanas, chineses, uma ou outra Lontrina, as pernas que tremiam, a digressão pelos diferentes tipos de cerveja, os "oubrigadou" 's esporádicos, a poupança incrível e a inspiração para setembro. Começar assim um semestre é outro assunto!!! E se o próximo for igual, então será definitivamente o melhor de sempre! Londres não é dos ingleses nem da raínha; é do Mundo!!!

"Vive", disseram-me um destes dias. E tinha razão.