A blogosfera tem um comportamento típico nesta altura de férias de verão: ou não se escreve no blog porque se está de férias e o tempo é todo usado na árdua tarefa de descansar (para os mais sortudos há umas bricolages caseiras ou umas férias no meio do nada onde nem o kanguru tem rede na bolsa) ou se escreve sobre... as férias! Embora goste, desta vez não vou ser diferente
No meu caso as férias começaram com um exame! Depois de um passeio foi o "estágio" do Mesa do Canto que culminou num concerto na Casa do Alto com o luxo de uns programas originais e uma ou outra música nova; enfim, um todo que me encheu as medidas e me deu aquele gozo que relembra a razão de me meter em tudo ao mesmo tempo. O engraçado veio depois! Arrumou-se o espaço, umas curtas conversas, algumas curtas conversas de despedida por uns meses, autografos para os quais alguém fez questão de deixar espaço no programa, continuar a arrumar o espaço, vestir e tal... 1h depois, já as perninhas da Cátia e da Magui tremiam da espera, lá conseguimos ir tomar café. Vamos aqui, vamos ali, kebabs para aquecer, ah, e agora... pfff... vamos... ora, vamos ao piolho. É, em caso de dúvida, piolho. Pois, não é muito original, mas acontece. Pior: chegados ao piolho pede-se um favaitos e pimbas, lá está o senhor a pedir que nos retiremos porque vão fechar! Prestes a levantar, inconformados com a pouca sorte de uma noite tão curta, ouvimos alguém cantar. Ei lá, cantam bem! Era polifónico, erudito, sem dúvida, pelas quintas que lá vingavam. Era um grupo de 7 ou 8 pessoas numa roda pequena, muito aconchegada, a cantar uns para os outros. "Vamos picar!" Juntámo-nos numa igual, nós os 5 e os restantes amigos que lá estavam. Os opostos atraem-se mas pelos vistos os semelhantes também! Lá nos juntamos e passamos a noite a cantarolar, embora em escalões diferentes (porque parece que afinal não eram amadores e descemos à nossa humilde condição de benjamins) mas com uma diversão incomparável e inesquecível. Reinaram as músicas inglesas mas também houve fado pela Furinhos numa representação que abririam os olhos dos senhores que escolhem as musiquitas fuleiras do festival da canção!
Enfim, uma noite acapella que foi um optimo final antes deste virar de página. Essa noite e outras tantas mas isso "é entre eu e a mariquinhas", como diziam das vozes da rádio. Esses passeios à barragem que nunca terminaram por medo do escuro, jantares de despedida intermináveis numa mistura de "adeus Porto" com "olá lasanha" e um ou outro passeio ou caipirinha que são para repetir.